sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Avaliação





Pouso no silêncio


Voejo


Nas asas da andorinha peregrina


Avalio o ano que termina


Organizo minhas metas


Revejo meus conceitos, minha sina.


Na busca de leveza e liberdade


Nascitura, lua fina,


Ilumina a montanha


O amor abre a cortina.


Pétalas desfolham, uma a uma,


Na esperançosa alegria


Do ano que termina,


Preparo-me para o renascimento


No verão da noite festiva


Espero o novo ano que se aproxima.



sábado, 1 de outubro de 2011

Tarde de Autógrafo no Instituto Gammom - Lavras de Minas


Coordenador  Ednildo
Coordenadora Vanda Amãncio Bezerra
Aluno do Instituto Gammom
Rosa Firmo
Bibliotecária Auxiliadora do Gammom









Platéia de alunos e funcionários do Instituto Gammom






 
 
 
Senhoras e Senhores, autoridades da educação e demais personalidades



Saúdo a todos que emolduram essa mesa, os expoentes da educação lavrense, aqui representada por minhas primas Vanda e Vanilda Bezerra Amâncio.


Com entusiasmo de sertaneja num dia de chuva, me alegro com todos vocês que estão aqui reunidos para celebrar comigo e enaltecer esse momento de glória.


Muito cedo despertei uma simpatia por essa cidade homônima à minha terra natal, que também foi berço dos saudosos, José Amâncio e Vicência Bezerra Amâncio, pais da Vanda e da Vanilda, minhas primas. Esta cidade conhecida internacionalmente devido ao seu centro de excelência universitária. Enfim Minas Gerais é berços de grandes escritores como Guimarães Rosa, Adélia Prado, Murilo Mendes, Carlos Drummond de Andrade, Darcy Ribeiro, e tantos outros.


Ao longo do tempo, num processo lento de descoberta e curiosidade pela leitura, estimulada pelo avô da Vanda e Vanilda, da Ivone e demais irmãos. O avô delas, João Gonçalves da Silva, levava para casa de meus pais as cartas do Senhor José Amâncio e de Vicência Bezerra, e obrigava a mim e outras irmãs a fazerem a leitura dessas cartas. Essa foi uma das causas que me despertou o interesse pela literatura, um dos enigmas. Fui também influenciada pelos mais velhos da família que, reuniam-se no alpendre da casa grande, para cantarem modinhas, e recitar máximas, contar causos, e o meu primo Chiquinho Bezerra, que declamava cordel, enquanto as mulheres teciam rendas, bordados, e no fuso fiavam linhas de algodão para urdir as redes de dormir.

Hoje vivemos em um mundo onde as informações viajam muito rápidas, as crianças são ativas e faz de tudo um pouco, mas parecem que não querem parar para se concentrar em nada, e isto dificulta, muitas vezes, para pais e professores em fazer com que estas crianças tenham interesse em histórias contadas e não apenas assistidas, estórias lidas e não apenas ouvidas.


Para mim, “Ler sempre foi sinônimo de prazer" desde as mais antigas civilizações. Entre os gregos, os homens livres que tinham esse privilégio e os que eram responsáveis pelo "saber" da sociedade. Por me interessei pela leitura e estou aqui para dividir com vocês este momento ímpar, que me foi concedido primeiro por Deus em segundo lugar pelas minhas primas, meu esposo que me apóia nessa caminhada para que possa dar a lume essas ideias; meus sentimentos, essas coisas que ao longo da vida foi se acumulando e se renovando, perdida no caminho da volta, que se torna possível nas asas do tempo. Quebrando assim, barreiras entre sombras e luzes.


Realizar um sonho como este na fase em que me encontro é algo animador na escalada pelas montanhas da vida em que me mantenho centrada, conectada no meu propósito, sentindo a sensação de estar no começo. Quando não acerto, reformulo o plano e tudo continua.


Meus sinceros agradecimentos em especial a Vanda e Vanilda e a todos que fazem o Instituto Gammom e toda platéia aqui presente.










 
 
 
 
Mostra: Poemas Ilustrados – Intertextualidade


Data: 20/09/11

Local: Academia Cearense de Letras

“A Intertextualidade pode ser definida como um diálogo entre dois textos.” Os poemas, e as músicas que irei apresentar não há um diálogo direto entre ambos, apenas estão ligados em partes.

O objetivo dessa singela mostra é voltar um novo olhar sobre o tema intertextualidade. No caso específico e de modo diferenciado, procurei reunir as três artes: poesia pintura e música, numa justaposição.

Se retrocedermos no tempo, até a Grécia antiga, berço cultural de nossa civilização ocidental, é fundamental entendermos essa relação e veremos que a poesia e a música nasceram juntas. Como exemplo, observemos que nesse período essas duas artes eram praticamente inseparáveis, reforçando a informação de que a poesia tinha sido feita para ser cantada. Já falavam os antigos trovadores provençais e menestréis medievais que a poesia sem a música é como o moinho sem água. Unidas, tem algo do movimento, do ritmo. Hoje vejo que a poesia está além da estrutura comum, pois, existe também caso de intertextualidade implícita, em que a partir do texto original, constrói-se um novo texto, que se insere em outro contexto, isto é no texto primeiro, Esse recurso é usado também pelos romancistas.

Na maioria das composições remeto-me aos tempos da minha infância, onde presenciei os mais velhos da família reunidos no alpendre da casa grande, cantando modinhas, recitando máximas, contando causos, declamando cordel e as mulheres tecendo rendas e bordados. E quando na escola era obrigatório para todos os alunos declamarem poemas de Olavo Bilac, Gonçalves Dias, Cassimiro de Abreu, entre outros, bem como recitação de jogral. Tudo se acha no passado, época comum em que as pessoas usavam a oralidade.

Vivemos hoje os tempos da globalização, da multimídia e que a junção desses recursos amplia a ideia antiga que contribui para delinear o movimento histórico da literatura. Isso nos leva a afirmar que a poesia não abandonou de vez a música nem tão pouco a música abandonou a poesia.

Para ilustrar citamos poetas de algumas escolas literárias que integraram esse recurso universal chamado de intertextualidade na composição de seus poemas. A velha tradição de cantarem suas poesias. Os Trovadores: João Soares de Paiva e Conde de Barcelos. Os Humanistas: Antônio Correia de Oliveira. No Renascimento: Bernardino Ribeiro e Fernão Lopes. No Romantismo: Muitos foram os poetas que fizeram intertextualidade com base no poema Canção do Exílio de Gonçalves Dias: Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Manoel Antônio de Almeida, José Paulo Paes, Carlos Drummond de Andrade, Guilherme de Almeida, Mário Quintana, Robertson Frizero Barros, Adriel Gael, Mariáh Oliveira, Hênio Dos Santos, Murilo Mendes, Casimiro de Abreu, Jô Soares, Tom Jobim e Chico Buarque, Cassiano Ricardo. Os Contemporâneos: Muitos também aderiram a intertextualidade citaremos alguns deles: Dorival Cayme, Chico Buarque, Arnaldo Antunes, Adriana Calcanhoto, etc.

Quero dizer que, é comum fazer intertextualidade. Compus o poema Canção da Água Viva, com base no texto bíblico: (João, 4,1-11, 56), num momento em que me encontrava com séria resistência em aceitar essa onda do mundo materialista consumista. Inquieta com a inversão de valores, adotei compor algumas canções em forma de súplica, as quais me favoreceram bastante, foi uma verdadeira catarse.

Desse capítulo citado acima, como ponto de reflexão se pode perceber Jesus pedindo água a samaritana e além da sede decorrente de Sua natureza humana, Deus sempre nos pede algo para oferecermo-nos alguma coisa maior. Lembremo-nos do que está escrito em Provérbios (Pr., 23, 26) “Meu filho, dá-me o teu coração, e que teus olhos gostem dos meus caminhos.” Deus não tem a menor necessidade de nosso coração, limitado e pecador. Ele o solicita, somente, para nos dar a água viva, a fonte de vida eterna Cada um de nós, cansados e sedentos, tem igual à Samaritana, seu poço de água de valores, de princípios, junto ao qual Cristo Jesus encontra-se sentado esperando.

Referências Bibliográficas:

AGUIAR E SILVA, V. N. Teoria da literatura. São Paulo, Martins, 1976.p.483:

DANTAS, A.R, Relação Intertextual. A paródia entre canção do exílio de Gonçalves Dias e Canto de Regresso à Pátria de Oswald de Andrade. Web. Artigos, 2010. Disponível em http:/WWW.webartigos.com. Acesso em: 30 de junho de 2011.

KOCH, Ingedore. Grunfeld Vilaça, BENTES, Anna Cristina, CAVALCANTE, Monica Magalhães - Intertextualidade: Diálogos Possíveis. 2.ed. São Paulo: Cortez, 2008.

Rosa Firmo Beserra Gomes




















Maria Luiza Bonfim: presidente da AJEB/Ce, Rosa Firmo, Argentina e a presidente de honra Giselda Medeiros




















Cantora reina Isabel e Rosa Firmo

sábado, 10 de setembro de 2011

ALMA ILUMINADA

Tenho paz interior
Acredito em Deus meu Senhor.
Hoje me sinto feliz
Logicamente pelo bem que fiz.                 
Recebo recompensa cotidianamente   
Das minhas ações eficientes.                  
Tenho a alma iluminada
Luz colhida da alvorada.
Tenho centenas de amigos
É nesses corações que me abrigo.   
     




terça-feira, 30 de agosto de 2011

Recital Lítero Musical

O Coro Lírico Álvarus Moreno promoveu a 85ª Audição de Alunos de Canto no Centro Cultural - Casa Juvenal Galeno, em duas edições. Dias 25 e 26 de agosto. Perfazendo um total de 34 apresentações, culminando com o show do Tenor Álvarus Moreno e a soprano Auzeneide Cândido.
Abertura do evento


Rosa declamando

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

A Arte de Fazer Amigos


A potiguar de Apodi Maria Vilmaci Viana - Vivi, escritora, poetisa e divulgadora da cultura do Rio Grande do Norte, uma criatura humana meiga e simpática, carrega em si a arte de fazer amigos. É isso que a seduz e a torna amante de si mesmo e do mundo que a cerca e com o qual interage de maneira permanente comunicativa e aberta.

Ao passo que, aguarda a publicação do seu livro Canções da Lagoa Dourada, que consolidará, por certo, a sua carreira de escritora.
Vivi deixa patente em sua missão de divulgadora cultural, um certo esforço de benevolência com que estimula e protege seus contemporâneos, quando esse vigor se faz essencial, ou se posta para aplaudir resultados dos que trilham no campo literário.
E voeja por campos estranhos e estrelados, descobrindo caminhos, e enfeitiça com seu sorriso largo e enigmático ou costura espantos, às vezes apontando a luz que já brilha, outras vezes tendo que cantar canções, antes que os raios crepusculares deixem de dourar a sua lagoa.
Sabe conviver com a fugacidade e o duradouro e se entusiasma, esperançosa, com a profundeza das minas de pedras do Rio Grande do Norte e as pinturas rupestres do Apodi.
Menina do lajedo, compacta de emoções, das tradições e memórias telúricas que deixa manifestar na sua escritura.
E assim, em Canções da Lagoa Dourada, com mais convicção do que Paisagens Femininas de Apodi (2006), em que, com certeza e com mais perspicácia resgata com entusiasmo as reminiscências do seu passado preocupando-se em soerguer o que o tempo devastou. Cumprindo dessa forma “a busca do paraíso perdido”, como fizeram: Carlos Drummond de Andrade, Manoel Bandeira, Graciliano Ramos, José Lins do Rego, Rachel de Queiroz, Jorge Amado, entre outros que retornaram às suas raízes para escreverem suas obras.
Rosa Firmo/cearense – Memorialista e amante das artes














































domingo, 7 de agosto de 2011

Rosicler do Alvorecer

Tenho retalhos brancos
Daquela alvorada amena e sutil
A clarineta a luz, os anjos, os santos,
O caminho, o rio, a flor azul anil.


O rosicler borda o tom da aurora e desce
Uma música de suave harmonia,
E o canto do pássaro se veste
De sons crescentes em simetria.


Sigo uma trilha velha e sinuosa
De cansadas veredas, enrugadas e fria,
Um sino no seu badalar saudosa
Entôo uma harmoniosa melodia.
 Minha homenagem a poetisa e artista plástica Jania Souza-R/N






















sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Travessia II

Senhor,

Deixa-me gozar do céu vertical

Fugir da zona horizontal

Fugaz, vala escura, transitória

Imposta pelo regime sufocante

Alivia-me no silêncio de Deus

Minha alma pequena e sequiosa.

Quero viver uma aventura espiritual

Expulsar o vão obscuro de minha alma

Experimentar no deserto de Deus

O diálogo infinito, radiante manancial.

Quero sair da agitação crepitante

Dessa sociedade materialista, consumista

Escravizada pelo automatismo pulsante

Por alguns momentos leva-me a

Escutar a voz do silêncio suavizante.

Quero ser eremita solitária

Vagar na planície da serenidade

Nutrida de virtudes renovadas

Na perspectiva de alcançar

A excelência do caminho da verdade.

Quero a liberdade de um pássaro

Voar sobre as planícies amorosas

Libertar-me das vaidades da travessia

Navegar segura nas ondas vitoriosas.









segunda-feira, 1 de agosto de 2011

TORMENTO

As premissas tornam a acontecer


Já não sei se suportarei


Os tempos parecem ser outros


As pessoas permanecem insípidas e desagradáveis


O passado nada mais é do que a angustia do presente


O que será dos sofredores?


Vagam sem destino pelo mundo


Pobres almas perdidas.


Ana Paula Machado

  A mais nova das sobrinhas. 








terça-feira, 12 de julho de 2011

TORRE ELFFEL

PARIS - MANHÃ CHUVOSA


A Tênue neblina não me desanima...

COSTA AZUL



Nice - Passeio dos Ingleses

Costa Azul

Alpes Marítimos – Riviera Francesa
 











Numa aventura arrojada e desbravante

Cheia de esperança atravessei a Côte d’ azur

O mediterrâneo cercado pelos Alpes

Guerreira, andante, saboreei o mar azul.

Escalei montanhas cortadas pelos túneis

Mirei habitações gemendo inclinadas

Cheias de mistérios, silêncio e sombra

Cravadas nas rochas sedimentadas.

O TVG de gestos apressados

Corta instantaneamente os prados

Num dia iluminado de verdades

Escorrem ao vento, veleiros enfunados

Da riviera saltam ecos de saudades.

A tarde azul veste-se de sonhos cor de rosa

Misteriosas sendas abrem-se em meio aos parreirais

Despontam catedrais, castelos. Detrás dos montes

Deslizam belas paisagens arrojadas e colossais.






domingo, 19 de junho de 2011

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Portugal


Gomes -Maestro José Eugênio - A Soprano Antonia (portugueses) e Rosa - Resstaurante nas poximidades do Mosteiro dos Jerônimos - Saborendo o famoso  pastel de belém

Torre de Belém - Portugal

Na Escalada do Conhecimento

Na escalada do conhecimento visitando cidades medievais, palácios, mosteiros, galerias de artes, museus e igrejas antigas num rápido mergulho na história eu e o Gomes ficamos com o desejo de continuar.


quarta-feira, 15 de junho de 2011

Viagem Cultural - Europa - Espanha - França - Suiça - Itália - Portugal - Côte D'azur

 Rosa Gomes e amigos -Uma maratona  cultural de tirar o fôlego


Gomes e Rosa - Restaurante de Nazaré - cidade medieval de Portugal


quinta-feira, 21 de abril de 2011

CAMINHOS PARA O DIÁLOGO




Cultivando sentimentos de compreensão, compaixão, tolerância, confiança e solidariedade, teremos melhores condições de viver no nosso meio social, que parece enfraquecido desses valores.
Cada dia observa-se em nossa sociedade uma postura cada vez mais condescendente com o isolamento humano, característica defasada da realidade. Como podemos admitir, entender e acatar a comodidade de um ser humano recolher-se ao seu próprio mundo ignorando uma imensa gama de possibilidades de relações fraternas, sociais em sua volta? O que deveríamos admitir e contribuir para que haja mudanças seria adotar medidas educativas e suportes adequados para incorporar valores como solidariedade, afeto, carinho, compaixão, os quais estão cada vez mais raros no nosso cotidiano. Agregado a esses valores fazer um levantamento de nossas omissões. Infelizmente vive-se a cultura da competitividade humana, a restrição de ações socializante. Nesse mundo hodierno de inversão de valores nós seres humanos ficamos cada vez mais vulneráveis ao sofrimento da solidão. Com esse comportamento vem o sofrimento e repercute numa afronta social. A banalização das indiferenças explode de tal modo que estimula o conflito em pessoas frágeis.
Mais do que nunca há de se compreender a necessidade de cultivar-se o diálogo, a comunicação, a solidariedade, a compaixão erigidas sobre a base do amor fraterno. Acredita-se, que somente com ações positivas, lançando um olhar fraterno, generoso e solidário poderemos conduzir nossas vidas para um caminho de paz, voltando nossos corações para a humildade e a benevolência. Devemos acreditar, e para que isso aconteça é vivenciar a crença do pensamento positivo, e não desanimar diante de impossibilidades como: “um espinho não se transforma em rosa”, “uma mariposa não se transforma em cavalo”, mas as nossas ações dependem das reações daqueles que nos cercam como o farfalhar das palmeiras que dependem da intensidade do vento para entoar belas canções. Busquemos, pois, inserir ao nosso redor, em nosso caminho a tolerância e a compaixão para vivermos em harmonia e saborearmos a sinfonia da vida.
Rosa Firmo

DEDICATÓRIA

Minha querida Rosa Firmo.
A Rosa! Que está fazendo falta,
a rosa que falta faz.
a Rosa que iluminava as tardes
de sábado na FUNCARTE,
das cirandas poéticas,
dos saraus poéticos de Natal,
já não está mais aqui...
Fortaleza carregou-a para si.
Sua presença é constante em nosso
coração, mais sua ausência física
nos traz saudades.
Por quanto tempo? Não sabemos,
Deus sabe.
Mas, por enquanto sabemos
que a Rosa! Falta faz.
Um beijo enorme saiba que
toda a SPVA te ama.

Geralda Efigenia


A BELA PRAIA DA PIPA RIO GRANDE DO NORTE

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Distrito de Quitaiús

PATRIMÔNIO CULTURAL IMATERIAL

Patrimônio cultural e imaterial é o que não podemos tocar, como qualquer outro objeto comum, porém; percebe-se e julga-se com o coração. O patrimônio cultural e imaterial de um povo tem grande importância porque fortalece uma corrente cultural.
Podemos considerar como patrimônio cultural em Quitaiús: A Festa de Nossa Senhora do Rosário, o artesanato, as Renovações do Coração de Jesus, O Quifolguedão, A Vaquejada.
Destacamos algumas das personalidades que produzem cultura e arte em Quitaiús:
Escultor e artista plástico: Raimundo Rocha Lima, o Nenzão.
Na música: Francisco Alexandre Araújo, Cícero Lifrate, Alex Bezerra, Olívia Ariadne Firmo Bezerra Feitosa.
Nas letras: Alzir Oliveira (doutor em Letras), Padre Clairton Alexandrino de Oliveira (escritor), Monsenhor Edmilson de Macedo (escritor), Francisco Bezerra de Sampaio, (poeta popular), Maria Rosa Oliveira (cordelista), Raimundo Nonato Lima (memorialista), Rosa Firmo (memorialista).
Na Arte Educação: Maria Miguelina Salviano, Joana D’arck Machado.
Na Cultura Popular: Artesanato em madeira: (in memoriam): José Amaro de Barros. Em flandres: Vicente Militão de Oliveira.
Em Couro: (in memoriam):Vicente Ribeiro Machado, Francisco Mendes Lima, o Chico Nicolau, José Machado Sobrinho, Aloísio Bezerra Machado.
Tecelagem: Raimundo Jovino da Silva.
Bordados à mão: (in memoriam): Maria Zuila Monteiro, Maria Reinera Bezerra, Cremilda Pereira. Atuais: Margarida Bezerra Machado, Eliana Bezerra Machado Mendes, entre outras.
Na arte da costura: Olindina Firmo Bezerra Sobreira, Vilani Gonçalves, entre outras.
Arte de barro (argila:) Belarmina da Silva, Júlia Frutuoso, Antônia Frutuoso, Tereza Brito.
Sacerdodes: Padre Argemiro Rolim Oliveira, Monsenhor Alonso Benício Leite, Monsenhor Edmilson Macedo, Padre José Alves Oliveira, Manoel Bezerra Machado, Clairton Alexandrino Oliveira, Cícero Mariano, Donizete Maia, Erisvaldo Nogueira Oliveira da Silva, e Luis de Souza Lima, além de oito religiosas, que ocupam espaços privilegiados na história da Igreja do Ceará. Esse mesmo distrito granjeou um grande número de homens e mulher de grande valor cultural, que se espalharam mundo afora.


BARRAGEM DO AÇUDE ROSÁRIO

sábado, 26 de março de 2011

CHUVA DE POESIA

HOMENAGEM

A ESCOLA PRIMAVERA VICENTE PINZON PRESTOU HOMENAGEM A EDUCAORA ROSA FIRMO NO DIA DA POESIA

A Pedagoga e coordenadora da Escola Primavera, Assunção Silva, amiga e admiradora de Rosa Firmo pelo seu trabalho como educadora e por sua contribuição na literatura cearense, bem como por acreditar nas suas habilidades. Juntamente com a diretora Eliane Girão e o professor Jonas Alves prestaram-lhe uma carinhosa homenagem no dia nacional da poesia, 14 de março de 2011, na bela Escola Primavera com uma chuva de poesia.
Rosa Firmo educadora que, acredita na educação como instrumento de mudança do homem e da sociedade e para isso trabalhou em diversas escolas da rede pública de Fortaleza e continua desenvolvendo ações na comunidade, para quem sabe, despertar consciência e fazer a diferença, escrevendo livros. Na sua travessia desafiou crendices, abriu caminhos para o desenvolvimento das pessoas. É uma inconformada com injustiça social e desonestidade; expressa claramente este sentimento em seus poemas.


Professor Jonas Rosa Assunção Eliane

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Carta






Fortaleza, 20 de janeiro de 2011
Caro amigo e conterrâneo Alzir,
Essa missiva tem como serventia confirmar e perpetuar nossa amizade vinda de muito longe, a se perder de vista, da qual você é conhecedor, desde os tempos de camaradagem entre nossos pais, até porque você é afilhado de crisma do meu pai.
Em primeiro lugar quero levar meus agradecimentos pelo presente que você me trouxe de Natal, as “Novas Cartas do Sertão do Seridó”. Caiu como uma luva na mão da sertaneja de raízes fincadas nas faldas do serrote dos Três Irmãos, na ribeira do Riacho do Rosário. Sua amiga que nunca se livrou dos palavreados que é comum ao povo do sertão nordestino. Muitas dessas expressões empregadas nas cartas de Paulo Bezerra estavam amofambadas na minha cachola, e agora com essa leitura vieram à tona. Revivi acontecimentos do tempo de meninota, viajei no tempo, transportei-me aos cafundós dos Judas, à Tapera, São Francisco, uma coisa medonha.
Como você é sabedor, o povo caririense, especificamente na ribeira do Riacho do Rosário, usava expressões semelhantes às do povo seridoense, portanto me deliciei com a leitura das cartas.
Muito me alegrou quando conferi na página 125, a minha amiga seridoense, a historiadora Maria do Céo Costa, pois na minha estada em Natal nos tornamos amigas.
Agora me prometa uma coisa, fique de mutuca acesa, quando sair nova edição das “Novas cartas do sertão do Seridó”, quero adquirir quatro exemplares para presentear meus amigos sertanejos, os escritores telúricos, Batista de Lima, Neide Freire, Dias da Silva e Pereira Albuquerque, que, assim como nós, são afeitos às coisas do sertão.
Sugiro ao amigo doutor em Letras documentar os ditos populares da nossa terrinha, as conversas que ouvia nos alpendres das casas dos sítios Mareco e Roça Velha, assim como fez o Paulo Bezerra, pois será um grande legado que você poderá deixar para as novas gerações.
Fico no aguardo de sua próxima visita a Fortaleza para vir saborear a paçoca pilada no pilão, a sobremesa de arroz-doce com coco e um cafezinho torrado no caco com rapadura dos engenhos da ribeira do Riacho do Rosário servido no bule de ágata azul pintado de flores brancas.
Inté mais ver.
Abraços
Rosa Firmo

CRÔNICA





Dimas Macedo

Quitaiús é uma terra bastante abençoada. A fertilidade do seu solo, as águas do Riacho do Rosário, a influência do Padre Cícero sobre a formação de sua comunidade, e a acentuada religiosidade do seu povo, fazem desse distrito de Lavras da Mangabeira um lugar para o qual sempre volto a minha atenção.
Impressiona-me que Quitaiús tenha dado nove sacerdotes à constituição do clero cearense, contando-se entre eles dois importantes prelados que muito honram a igreja católica do Brasil: monsenhores José Edmilson de Macedo e Alonso Benício Leite.
Penso que nenhum outro sacerdote lavrense foi mais virtuoso, mais humanitário e mais genuinamente cristão do que o Monsenhor Alonso, glória máxima de Quitaiús e também do município de Lavras, merecendo do sítio Roça Velha todos os louvores por ter sido a pátria que o viu nascer.
O Monsenhor Alonso Benício Leite, filho de José Felipe Benício Junior e de Antônia Leite de Oliveira, nasceu no distrito de Quitais, aos 15 de fevereiro de 1915, e faleceu na cidade de Baixo Guandu, Estado do Espírito Santo, aos 26 de setembro de 1991.
Sempre demonstrou, desde muito cedo, o vivo desejo de ser padre. E foi com esse espírito, decididamente cristão e fervoroso, que ainda muito jovem emigrou para o Rio de Janeiro, levado pelo seu primo, Dom Hilário Leite de Macedo, que era Monge Beneditino e que muito influenciou na sua formação.
Após a conclusão do seu curso primário, seguiu para Manhumirim, Estado de Minas Gerais, com o Padre Júlio Maria de Lombarherde, fundador da Ordem dos Sacramentinos de Nossa Senhora, ali realizando os seus estudos de humanidades, na Escola Apostólica da mesma Congregação.
Concluiu seus estudos teológicos no tradicional Seminário de Mariana, em Minas Gerais, e foi ordenado sacerdote aos 21 de dezembro de 1941, na Catedral Metropolitana de Vitória, celebrando sua primeira missa na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, no município de Serra, Estado do Espírito Santo.
Desenvolveu a sua vocação sacerdotal no interior daquele Estado, onde realizou obra social e apostólica das mais reconhecidas. Sempre demonstrou uma predileção pelos pobres e desamparados. Fundou asilos, educandários, casas de apoio a crianças desamparadas e a jovens desvalidos.
Edificou a sua vida tendo por modelos os ensinamentos de São Francisco de Assis e a obra social dos grandes missionários do Nordeste, a exemplo do Padre Ibiapina, Antônio Conselheiro e Dom Helder Câmara.
Preocupado com os segmentos desassistidos da população, com a inoperância da cultura erudita e com a falta de responsabilidade da elite política de sua nação, fundou, em 1942, a Sociedade Brasileira de Cultura Popular, ainda hoje em franca atuação no Sudeste do Brasil.
O que marcou, contudo, a atuação terrena desse servo de Deus e da Igreja, foi a criação da Congregação das Milicianas de Cristo, em 1948, instituição social e de natureza caritativa destinada à causa das crianças e jovens desamparados, impondo a essa importante instituição a extraordinária personalidade carismática do seu criador, que sempre esteve atento à lição dos Evangelhos e à sua essência humana e social.
Com marcante atuação nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, a Congregação das Milicianas de Cristo chega agora no Ceará, para honra da Diocese de Crato e para glória do município de Lavras, que o viu nascer e que o tem como um de seus rebentos mais abnegados.
Talvez o assunto desta crônica tenha passado despercebido pelos lavrenses e pela comunidade do Médio Salgado, mas o certo é que no dia primeiro de outubro de 2010 chegaram a Quitaiús as Irmãs Milicianas de Cristo, vindas do município de Baixo Guandu, Estado do Espírito Santo.
Chegaram a Quitaius acompanhadas pela Superiora Geral da Congregação, Irmã Cleuza Maria de Assis, com o fim de instalar no âmbito da Diocese do Crato a Fraternidade Monsenhor Alonso, primeiro núcleo cearense da Congregação das Milicianas de Cristo.
Acolhidas carinhosamente pelo Padre Fabiano, da paróquia de Nossa Senhora do Rosário, e por familiares do Monsenhor Alonso Benício, numa festa marcada por fogos de artifício e músicas missionárias de grande apelo carismático, a entronização da Congregação das Milicianas de Cristo na comunidade se fez através de caminhada pelas ruas daquele lugarejo, exatamente no dia dedicado a Santa Terezinha de Jesus.
Houve na oportunidade a abertura do mês missionário e na sua homília o Padre Fabiano registrou o significado do acontecimento e destacou a permanência das Irmãs Cleuza Santana e Antonia Ferreira de Sousa na localidade, expondo os objetivos da Fraternidade Monsenhor Alonso, que seria, no caso, promover a evangelização e a formação de pastorais e movimentos eclesiais, na linha de atuação traçada pelo Monsenhor Alonso Benício.
Esta é a glória maior de um homem de fé e de ação: voltar à sua terra natal em forma de semente que haverá de prosperar em defesa do bem, porque o Monsenhor Alonso Benício Leite não morreu; pelo contrário, agora ele começa a germinar no meio de nós.

Fortaleza, 19.11.2010

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O enredo infantil de Clara Lêda

A literatura é sonho. Clara Lêda é uma sonhadora por excelência, Nasceu numa terra fértil, um paraíso, a serra de Ubajara. No seu livro infanto juvenil, “Luizita e sua turma na gruta de Ubajara,” nele está implícito à volta ao tempo perdido, como Proust ela retoma, e reconstrói um paraíso perdido. Sabemos que a leitura, por meio da imaginação e sensações, nos permite viajar a lugares reais e irreais; descritos e imaginados pelos seus autores. Atualmente, em nosso mundo palpável, a literatura, além de inspirar viagens pelas letras, incentiva a viagem aos ambientes que inspiraram a criação de um livro, e aos locais onde nasceram e viveram os autores.
No livro de Clara Lêda estão presentes os elementos: enredo, tempo, espaço e personagens, a trama, o clímax e o desenlace. Onde aconteceu, o que aconteceu, porque aconteceu e as conseqüências do acontecimento.
No tecido da obra ela apresenta os aspectos fisiográficos, hidrográficos, conduzindo o leitor através dos personagens da história ao conhecimento daquela região de natureza tão exuberante e abençoada. Além do aspecto didático a autora demonstra na sua narrativa os acontecimentos por ela vivenciados na sua infância que marcaram sua história de vida e influenciaram sua obra.
Como educadora ela não consegue esquecer seu compromisso com a leitura e a literatura, na sua escritura procura dar um jeito de ensinar uma criança a ler. Finalizando a história no seu livro, Clara Lêda sugere e aponta mais conhecimento sobre a região da Ibiapaba com uma excelente proposta de atividade em que o leitor poderá refletir sobre o texto, e um glossário para maior conhecimento do vocabulário.
A autora transportou-se do paraíso natural, do mundo fantástico de aventuras, de lendas, de histórias de trancoso, e enveredou-se no mundo da educação e das letras. Veio para Fortaleza ampliar seus estudos e com habilidade ela encena na literatura suas imagens guardadas na memória afetiva para fazer com que outras crianças sonhem.

Rosa Firmo
Fortaleza, 11/10/2010

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Carmosa Soares - Uma Mulher sem Fronteiras

Quando se quer palavras que falem de sutilezas procura-se ancorar no vôo das borboletas, na pureza das crianças, nas flores, nas asas do vento, na magia da música. Para falar de uma mulher otimista e de acentuada sensibilidade, se faz mister ancorar na singeleza de sua poesia, que expressa sentimentos de esperança, esparge coragem, alegria e encantamento. É dessa forma que se apresenta a poesia de Carmosa Soares, uma mulher de fibra, de talento, na escalada montanhosa de sua longevidade, cultiva amor à família, a sua terra natal, aos amigos presenteando-os com poemas exalando eflúvios carinhosos.
É curioso saber que a poetisa Carmosa nasceu em Mombaça e ainda na sua infância transferiu-se para Lavras da Mangabeira, portanto a sua imersão nas águas do Salgado o fez envolver-se com o mundo das letras. Sem fronteiras ela persiste ao longo da caminhada semeando amor e poesia nos nossos corações.
Considerável é a minha satisfação em dedicar-lhe meu carinho a tão meiga e simpática amiga. Cumpre-se afirmar que além de poetisa Carmosa é também uma mãe e avó de muitos predicados além de dedicada e terna.
Do seio da Mangabeira
Uma menina surgiu
De sentimentos tão puros
Como uma flor se abriu.
Com ternura e carinho
A sua mensagem tece
Em cada canto semeia fruto
Promove alegria e enaltece.
Rosa Firmo

Tenuidades Poéticas

Para o tempo peço
Que me preserve
Para os infaustos
Que me esqueçam...
Para o sol peço,
Clareie minha estrada
Para a lua, prateie m’ alma.
À tarde
Que anoiteça
Quando eu estiver dormindo
Floresça esperança
Enquanto desabrocham manhãs
Rosa Firmo

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Remanso

Desce em torrentes assombrosas
água suor e lágrima
nas escarpas deslizantes
do remanso de meu rio
arrastam meu corpo nu
num desejo em desatino.
O orvalho do teu corpo dança
em cascatas transbordante
desliza sobre mim
enche a lua de esperança.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Oceamar

Rosa Firmo

Teço com o oceano das palavras
Frases soltas, poesias sem rimas
Onduladas, como ondas do mar revolto
Singelas como as flores das campinas.
Suplico a paz, a solidariedade entre os humanos,
Velejo a nau sem leme e sem direção
Sonho com um mar de união entre os povos
Trafego rumo aos mares da consolação.
Imploro ao Supremo, oceano de amores
Ergo a bandeira da comunicação,
Aspiro àqueles do meu convívio
Um mar de fraternidade em cores
Oceamar é a minha missão.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Orvalho

Rosa Firmo
Quando acariciei a relva fria
No jardim da esperança,
Minha mão iluminou-se
De uma magia delicada
Como orvalho que permeia
As flores da madrugada.
Ah, minha alma enluarou-se
E vibrou como criança
Deslumbrada pelos prados
Emoldurados de minhas lembranças.

Quando acariciei a chuva fina
No jardim da esperança
Meu rosto iluminou-se
Qual orvalho da bonança
Surgiu um sublime esplendor
Emanado da mão divina-serena,
Meu corpo úmido vibrou
Na magia doce e plena.

Quando acariciei a mansa brisa
No jardim da minha infância
Abriram-se botões de rosas
Pétalas macias em abundância
Minha alma engravidou
De sonhos dourados de esperança
No silêncio da madrugada
Na espera do vento da bonança.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Descendência

Impregnado em meu ser
Carrego a linhagem dos Bezerra
Com cheiro de leite.
Nas minhas entranhas
Vibra a firmeza em correnteza
Do Firmo que se firma
No brio do meu espírito.



No meu sangue correm os sonhos
Os sonhos dos Sampaio, Bezerra e Firmo
Que se entrelaçou num só clã.

Busco nas asas do vento
O cheiro da infância
Debruço-me nas pedras do riacho do Rosário
Com a mão o destino
Recolho a água que me banhou
O vento soprou o tempo passou
Cicatrizando tudo que a vida desenhou.

Ontem


Ontem ainda tinha vinte anos
Acariciava o tempo sem pressa
Alimentava muita esperança.

Ontem eu tinha ainda quarenta anos
Caminhava com certa ânsia
Tentando alcançar
Meus objetivos sem ganância

Ontem eu tinha ainda cinqüenta anos
Estava correndo a cada instância
Para recuperar o tempo perdido
Que desperdicei na minha infância.

Ontem eu tinha ainda sessenta anos
Com expectativa e sem desanimar
Caminhando um pouco mais devagar
Embora saiba, o tempo é pouco
Diante do que pretendo realizar.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Vestígios






Rosa Firmo

Tenho nas mãos
Vestígios de perfume
Da flor de jasmim
Que umedeceu minha infância.
Tenho nos pés
A nódoa vermelha
Do barro de São Francisco,
Dos caminhos percorridos
Na busca do ser.
Tenho nos olhos
A força e um propósito
O desejo de vencer,
Violar normas,
Quebrar grilhões,
Registrar memórias.

Bisaco de Pensador

MC. Garcia (poeta e filósofo do RN)

Trecho do seu livro cordel

Carrego ideias no meu
Bisaco de Pensador
São poetas e filósofos
Justo no bem, no amor
Sou arauto da palavra
Da poesia, lavrador.

No meu humilde Bisaco
Tem poeta nordestino
Do romance ao cordel
D moira ao desatino
Reflete todos mortais
Que terão mesmo destino.

E vem de remotos tempos
Epopéia Universal
Ilíada e odisséia
Velha poesia oral,
Desse poeta Homero,
Trovador descomunal.

O fundamento oral
Leva nome poesia.
E por sua vez, Parmênides
Fez sua filosofia
Poema da natureza
Base de ecologia.

No meu bisaco tem Sócrates,
Aristóteles, Platão
A Filosofia grega
Trazida por geração,
Pré-socráticos, também:
Heráclito e Zenão.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Sobre sua Crônica Cruzeiro

Uma descrição com riqueza de detalhes, onde na mente criei a imagem através dos fatos. Toda a natureza nos encanta. Por mais que os olhos a contemplem, a beleza nunca cansa nem esgota a grandiosidade da criação. E aos olhos dos poetas há uma dimensão maior, pois a mente revela nas palavras o que outro olhar deixa despercebido ou na obscuridade O texto registra mais uma aventura na sua vida, que será arquivada no baú das recordações como tatuagem que nunca apaga carregada do sorriso a cada lembrança.
Abs. Sonia Nogueira
Jania Souza publicou no seu Mural.


"Poema para Rosa
(À poeta Rosa Firmo pela passagem do seu natalício em 08/01/11)

Por: Jania Souza

No ar, há perfume
da mais saborosa rosa
rosa cearense
rosa com gosto de lua
rosa onda esmeraldina
dançante espuma
no bico da graúna

rosa meiga irrequieta
pétalas soltas ao vento
solfejo de quebra mar
no canto da açucena

rosa criança mulher
fagueira ardente
brisa de amor perene

rosa encanto sedução
sereia anjo canoro
libélula formosa
transparente poiesis

rosa da cor do amor
apaixonante sonho de mulher

rosa sensível
criativa
útero poema
romântico verso

rosa andante
circundante
maestrina de fina iguaria

teu horizonte
trouxe-me o cheiro do amor
na flor do teu olhar
onde revela a terna menina
sempre bela e eterna
no andor das tuas telas
no ardor do teu verbo
quando só pensas em amar.

Parabéns! Querida amiga, és muito querida entre teus amigos, pois soubeste cativá-los com carinho e sorrisos.

Beijo no coração, Jania Souza"

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Canção ao mar Azul

Ó mar azul
Traz-me o bálsamo
Do teu sal
Para o cerne do meu ser
Encontrar o centro
Ó mar azul
Traz-me essa cor que me acalma
Transcende meu ser
alimenta minha alma
Ó mar azul
Traz-me essa fonte de energia
Para aumentar minha alegria
Ó mar azul
Traz-me a mansidão dos golfinhos
Para cultivar em mim
E alimentar a inteireza, manter minha sanidade.
Ó mar!
Enquanto murmuras
Saudosa melodia
Sob a batuta do vento
Tal qual uma orquestra lírica
Derrama teus queixumes
Sobre a branca areia
Maltratada .....