sábado, 1 de outubro de 2011

Tarde de Autógrafo no Instituto Gammom - Lavras de Minas


Coordenador  Ednildo
Coordenadora Vanda Amãncio Bezerra
Aluno do Instituto Gammom
Rosa Firmo
Bibliotecária Auxiliadora do Gammom









Platéia de alunos e funcionários do Instituto Gammom






 
 
 
Senhoras e Senhores, autoridades da educação e demais personalidades



Saúdo a todos que emolduram essa mesa, os expoentes da educação lavrense, aqui representada por minhas primas Vanda e Vanilda Bezerra Amâncio.


Com entusiasmo de sertaneja num dia de chuva, me alegro com todos vocês que estão aqui reunidos para celebrar comigo e enaltecer esse momento de glória.


Muito cedo despertei uma simpatia por essa cidade homônima à minha terra natal, que também foi berço dos saudosos, José Amâncio e Vicência Bezerra Amâncio, pais da Vanda e da Vanilda, minhas primas. Esta cidade conhecida internacionalmente devido ao seu centro de excelência universitária. Enfim Minas Gerais é berços de grandes escritores como Guimarães Rosa, Adélia Prado, Murilo Mendes, Carlos Drummond de Andrade, Darcy Ribeiro, e tantos outros.


Ao longo do tempo, num processo lento de descoberta e curiosidade pela leitura, estimulada pelo avô da Vanda e Vanilda, da Ivone e demais irmãos. O avô delas, João Gonçalves da Silva, levava para casa de meus pais as cartas do Senhor José Amâncio e de Vicência Bezerra, e obrigava a mim e outras irmãs a fazerem a leitura dessas cartas. Essa foi uma das causas que me despertou o interesse pela literatura, um dos enigmas. Fui também influenciada pelos mais velhos da família que, reuniam-se no alpendre da casa grande, para cantarem modinhas, e recitar máximas, contar causos, e o meu primo Chiquinho Bezerra, que declamava cordel, enquanto as mulheres teciam rendas, bordados, e no fuso fiavam linhas de algodão para urdir as redes de dormir.

Hoje vivemos em um mundo onde as informações viajam muito rápidas, as crianças são ativas e faz de tudo um pouco, mas parecem que não querem parar para se concentrar em nada, e isto dificulta, muitas vezes, para pais e professores em fazer com que estas crianças tenham interesse em histórias contadas e não apenas assistidas, estórias lidas e não apenas ouvidas.


Para mim, “Ler sempre foi sinônimo de prazer" desde as mais antigas civilizações. Entre os gregos, os homens livres que tinham esse privilégio e os que eram responsáveis pelo "saber" da sociedade. Por me interessei pela leitura e estou aqui para dividir com vocês este momento ímpar, que me foi concedido primeiro por Deus em segundo lugar pelas minhas primas, meu esposo que me apóia nessa caminhada para que possa dar a lume essas ideias; meus sentimentos, essas coisas que ao longo da vida foi se acumulando e se renovando, perdida no caminho da volta, que se torna possível nas asas do tempo. Quebrando assim, barreiras entre sombras e luzes.


Realizar um sonho como este na fase em que me encontro é algo animador na escalada pelas montanhas da vida em que me mantenho centrada, conectada no meu propósito, sentindo a sensação de estar no começo. Quando não acerto, reformulo o plano e tudo continua.


Meus sinceros agradecimentos em especial a Vanda e Vanilda e a todos que fazem o Instituto Gammom e toda platéia aqui presente.










 
 
 
 
Mostra: Poemas Ilustrados – Intertextualidade


Data: 20/09/11

Local: Academia Cearense de Letras

“A Intertextualidade pode ser definida como um diálogo entre dois textos.” Os poemas, e as músicas que irei apresentar não há um diálogo direto entre ambos, apenas estão ligados em partes.

O objetivo dessa singela mostra é voltar um novo olhar sobre o tema intertextualidade. No caso específico e de modo diferenciado, procurei reunir as três artes: poesia pintura e música, numa justaposição.

Se retrocedermos no tempo, até a Grécia antiga, berço cultural de nossa civilização ocidental, é fundamental entendermos essa relação e veremos que a poesia e a música nasceram juntas. Como exemplo, observemos que nesse período essas duas artes eram praticamente inseparáveis, reforçando a informação de que a poesia tinha sido feita para ser cantada. Já falavam os antigos trovadores provençais e menestréis medievais que a poesia sem a música é como o moinho sem água. Unidas, tem algo do movimento, do ritmo. Hoje vejo que a poesia está além da estrutura comum, pois, existe também caso de intertextualidade implícita, em que a partir do texto original, constrói-se um novo texto, que se insere em outro contexto, isto é no texto primeiro, Esse recurso é usado também pelos romancistas.

Na maioria das composições remeto-me aos tempos da minha infância, onde presenciei os mais velhos da família reunidos no alpendre da casa grande, cantando modinhas, recitando máximas, contando causos, declamando cordel e as mulheres tecendo rendas e bordados. E quando na escola era obrigatório para todos os alunos declamarem poemas de Olavo Bilac, Gonçalves Dias, Cassimiro de Abreu, entre outros, bem como recitação de jogral. Tudo se acha no passado, época comum em que as pessoas usavam a oralidade.

Vivemos hoje os tempos da globalização, da multimídia e que a junção desses recursos amplia a ideia antiga que contribui para delinear o movimento histórico da literatura. Isso nos leva a afirmar que a poesia não abandonou de vez a música nem tão pouco a música abandonou a poesia.

Para ilustrar citamos poetas de algumas escolas literárias que integraram esse recurso universal chamado de intertextualidade na composição de seus poemas. A velha tradição de cantarem suas poesias. Os Trovadores: João Soares de Paiva e Conde de Barcelos. Os Humanistas: Antônio Correia de Oliveira. No Renascimento: Bernardino Ribeiro e Fernão Lopes. No Romantismo: Muitos foram os poetas que fizeram intertextualidade com base no poema Canção do Exílio de Gonçalves Dias: Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Manoel Antônio de Almeida, José Paulo Paes, Carlos Drummond de Andrade, Guilherme de Almeida, Mário Quintana, Robertson Frizero Barros, Adriel Gael, Mariáh Oliveira, Hênio Dos Santos, Murilo Mendes, Casimiro de Abreu, Jô Soares, Tom Jobim e Chico Buarque, Cassiano Ricardo. Os Contemporâneos: Muitos também aderiram a intertextualidade citaremos alguns deles: Dorival Cayme, Chico Buarque, Arnaldo Antunes, Adriana Calcanhoto, etc.

Quero dizer que, é comum fazer intertextualidade. Compus o poema Canção da Água Viva, com base no texto bíblico: (João, 4,1-11, 56), num momento em que me encontrava com séria resistência em aceitar essa onda do mundo materialista consumista. Inquieta com a inversão de valores, adotei compor algumas canções em forma de súplica, as quais me favoreceram bastante, foi uma verdadeira catarse.

Desse capítulo citado acima, como ponto de reflexão se pode perceber Jesus pedindo água a samaritana e além da sede decorrente de Sua natureza humana, Deus sempre nos pede algo para oferecermo-nos alguma coisa maior. Lembremo-nos do que está escrito em Provérbios (Pr., 23, 26) “Meu filho, dá-me o teu coração, e que teus olhos gostem dos meus caminhos.” Deus não tem a menor necessidade de nosso coração, limitado e pecador. Ele o solicita, somente, para nos dar a água viva, a fonte de vida eterna Cada um de nós, cansados e sedentos, tem igual à Samaritana, seu poço de água de valores, de princípios, junto ao qual Cristo Jesus encontra-se sentado esperando.

Referências Bibliográficas:

AGUIAR E SILVA, V. N. Teoria da literatura. São Paulo, Martins, 1976.p.483:

DANTAS, A.R, Relação Intertextual. A paródia entre canção do exílio de Gonçalves Dias e Canto de Regresso à Pátria de Oswald de Andrade. Web. Artigos, 2010. Disponível em http:/WWW.webartigos.com. Acesso em: 30 de junho de 2011.

KOCH, Ingedore. Grunfeld Vilaça, BENTES, Anna Cristina, CAVALCANTE, Monica Magalhães - Intertextualidade: Diálogos Possíveis. 2.ed. São Paulo: Cortez, 2008.

Rosa Firmo Beserra Gomes




















Maria Luiza Bonfim: presidente da AJEB/Ce, Rosa Firmo, Argentina e a presidente de honra Giselda Medeiros




















Cantora reina Isabel e Rosa Firmo